Poeta presente
- Eliezer A. de Oliveira

- 13 de mar.
- 1 min de leitura
Atualizado: 15 de mar.
Nascido e criado
No meio do gueto,
Prazer eu sou preto
Que traz a história
Na palma da mão.
Carrego nas veias
Um sangue sofrido,
Meu povo oprimido
Luta sem parar.
Sou o negro açoitado
Que ousou revidar.
Um poeta presente
Lembrando das gentes
Que o sistema ceifou.
Sou Mariele, Dandara, Zumbi
E você não me cala doutor.
Fui massacrado, humilhado
E ninguém se importou.
Por que eu sou
América linda,
Menina, ameríndia
Que ousou revidar.
O caboclo esquecido,
Mas que o progresso lembrou.
Do sangue escorrido na terra
Brotou minha dor.
Sou mestiço, mulato,
Fruto da Índia
Que o branco estuprou.
Todo dia sinto na pele
A raiva do opressor.
E o reparo histórico do estado
Se dá a partir do seu braço armado
Entrando em nossos espaço
Matando quem ainda restou.
Já se passou tanto tempo
Desde mil e quinhentos
E pouca coisa mudou.
Autores: Paulo Roberto Fortes e Eliezer A. de Oliveira





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