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Versando o cotidiano

  • Foto do escritor: Eliezer A. de Oliveira
    Eliezer A. de Oliveira
  • 13 de mar.
  • 1 min de leitura

Atualizado: 15 de mar.

Comecei a escrever

Ainda não era meio-dia.

Saí da frente da escrivaninha

Quando o dia envelhecia.


Enquanto o sol se ia,

Na quebrada as pessoas transitavam,

Era período de pandemia,

Mas nem todos tem a vida ganha,

Basta faltar dinheiro para faltar arroz,

Feijão, legumes, frutas e até a banha...


Aqui, como em outros lugares,

Há também solidariedade,

Movimentos em movimento,

Defendendo a vida,

Com o projeto Periferia viva,

Organizado a partir das organizações populares

Do campo e da cidade.


Somos uma gente bem diversa,

Compreendemos a dor de muitas formas,

Mas muitas vezes não entendemos a retórica

Dos canalhas, dos calhordas, dos hipócritas...


Alguns dias atrás, me falaram o seguinte:

– Morar na Vila Nova é perigoso!

Não me excedi, pensei e perguntei:

– Você conhece o pessoal, no que trabalham e o que fazem da

vida afinal?

Foi aí que fulano respondeu:

– Não, só conheço meu amigo pastor, mas a gente acompanha

as notícias na rádio e sabe que o pessoal lá de baixo não é fácil.

A conversa continuou...


É, a vida é dura, tem quem traz os males e os que são a cura.

A informação é um direito humano,

Mas aí também, escute o que te digo, há latifúndios.


A noite tomou conta da América do Sul,

Na América do Norte o sol arde,

Há novos ventos nas Américas,

Que bom, as coisas precisam mudar...


Autor: Eliezer A. de Oliveira

 
 
 

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